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Síndrome de Tourette: atração do Lollapalooza, Billie Eilish convive com a doença há dez anos; entenda
Publicado em 24/03/2023 15:24
Música

 

 

Por O GLOBO — Rio de Janeiro

 

 

Principal atração do Lollapalooza nesta sexta-feira, primeiro dia do festival, em São Paulo, a cantora americana Billie Eilish, de 21 anos, convive há dez anos com a Síndrome de Tourette, uma condição neurológica hereditária que pode causar tiques físicos, incluindo espasmos, piscar e pular, ou até mesmo fazer sons com a boca. Xingar sem controle é o sintoma mais reconhecido da doença.

 

A cantora desabafou sobre a doença, diagnosticada aos 11 anos, quando foi filmada tendo um tique durante uma entrevista para o apresentador David Letterman, no programa My Next Guest, transmitido pela Netflix, em 2022.

— Se você me filmar por um período de tempo, vai ver vários tiques. É muito exaustivo para mim —disse a jovem. — A forma mais comum de reação das pessoas é rir, porque elas acham que estou tentando ser engraçada. Eu sempre fico muito ofendida com isso — disse ela, na ocasião.

Segundo Billie, os espasmos não costumam aparecer durante apresentações no palco, mas em situações casuais, quando ela está mais a vontade. Outros famosos já revelaram ter a síndrome, entre eles o lutador e ex-BBB Cara de Sapato, o jogador David Beckham, o cantor escocês Lewis Capaldi.

A condição geralmente começa durante a infância, entre os dois e os 14 anos. Metade dos pacientes diz que seus sintomas melhoram com a idade, enquanto outros desaparecem completamente. Apesar de não ter cura, o tratamento psicológico e a estimulação cerebral profunda, ou seja, a implantação de eletrodos na rede cerebral, são as opções mais eficazes, mas a medida que o número de pacientes com a doença aumenta, os fármacos continuam sendo o pilar para o tratamento de Tourette.

Entretanto, um novo tratamento, que está em fase de testes pode ser lançado em breve para os pacientes com Tourette, afirmam os especialistas. Um dispositivo, semelhante a um relógio de pulso, interfere nas redes cerebrais envolvidas na geração de tiques e envia pulsos elétricos para o nervo mediano do pulso, interrompendo a atividade no cérebro que causa os tiques.

 

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